ALTAR FÉRTIL
Inspirado na criação da jornada original submerge o destino da arte no Corpo em devoção à vida.
Altar Fértil
A exposição revela um corpo transpessoal, capaz de construir múltiplas realidades através da natureza divina com o movimento do sagrado à vida.
A experiência revela o entrelace da pintura com o canto, o contorno da performance em seu estado de êxtase. Os encantos na saudação à dança original, uma verdadeira imersão a liberdade da poesia sagrada.
O trabalho da artista toca profundamente, as imagens exalam poeticamente a pluralidade de significados, tudo pulsa e se desmancha. Entre as conexões em um circuito rizomático de metáforas totalmente relacionada à sua trajetória de vida pessoal.
A relação do corpo é um confronto, o corpo se recria, dando forma a novos significados e ocupa o espaço de maneira própria, trazendo todos os questionamentos internos à tona, como a identidade, o feminino e suas origens.
Evocar a sabedoria ancestral do Corpo com uma leitura poética da alma.
Eu me torno extensão da natureza e a natureza se torna uma extensão do meu corpo.
Um encontro entre a própria matriz geradora dos corpos fotografados com a mais simbólica matriz originária: A Terra. O encontro da humanidade com a natureza, em uma constante união. A impressão do corpo feminino que tomado pela efemeridade e forças da natureza – Vento, Fogo, Água e Terra – se desfaz em si mesmo. É modificado. Como uma pegada, a marcação de sua passagem, mas com os reforços das mutações e consequentemente do desaparecimento posterior. O corpo feminino é pintado sobre a materialidade da terra, há ao mesmo tempo a aparição por meio de seu relevo e desaparecimento já que se trata apenas de um registro efêmero de sua forma.
O corpo é o conceito, é a obra de arte, é o pulso que transforma e subverte tudo o que já estava no imaginário.
Sentir a jornada como um ser orgânico e vivo, que pulsa memórias e ancestralidade.
Um corpo que se apresenta ritualístico em uma experiência sensorial do corpo como um terreiro.
A entidade se manifesta através do corpo, memória ancestral é revelada através do Ritual, a pintura como rastro de uma identidade única.
A experiência desconstrói padrões rígidos criados pela sociedade e faz de nós Devoção Nua.
É sobre Amor, Fé e Liberdade.