divinas tetas

Por carregar as marcas em si, o corpo feminino fala sem rodeios, de forma altamente visual, direta e passional. 

Divinas tetas

A materialidade crua de um corpo nu, transfigurado e muitas vezes deformado, como aparece nas obras, vêm para comunicar justamente a transcendência de uma alma que clama pelo espaço, visibilidade e sensibilidade de sua existência. Por carregar as marcas em si, o corpo feminino fala sem rodeios, de forma altamente visual, direta e passional. Os seios em placas de vidro, em uma alusão ao sistema ideológico de controle do corpo feminino.

Na performance, há uma desmistificação da sensualidade do corpo e uma crítica à imposição de uma deformação à mulher, completamente forjada e mascarada pelo sistema.

A visceralidade e o incômodo que é gerado a partir do momento em que entramos em contato com a distorção dos seios femininos sobre uma chapa de vidro, servem perfeitamente ao propósito de perceber o local do corpo na sociedade

Expressar questões políticas, identidade, violência e machismo.

 

A expressão em torno da fetichização da mulher girará em torno da apropriação, centenas de imagens censuradas nas plataformas digitais, as fotos evidenciam como o corpo da mulher vem sendo constantemente violentado.

A performance é uma denúncia e conscientização sobre a desigualdade de gênero e a forma como a sociedade lida com a exposição dos seios femininos.

À censura imposta aos mamilos femininos em redes sociais. Associando-se ao movimento mundial que clama a liberdade da mulher de exibir os seios, denunciando a objetificação sexual e defendendo a igualdade de gênero.

Padrões sociais e culturais estabelecidos que perpetuam a censura e o estigma em relação aos seios femininos. Encorajar o diálogo sobre o corpo feminino e a liberdade de expressão é urgente em nossos tempos.

As fotografias das tetas femininas expressam a impermanência natural e artificial; desejo e consumação; efêmero e permanente; e vida e morte, a série de performance traçará uma perspectiva, buscando também dialogar sobre a fetichização e outros aspectos do corpo feminino.

Em uma sequência de intervenções a partir de uma chapa de vidro, diversas tensões atravessam a obra. Esmagamento, leite materno, folhas secas, terra, terços e outros objetos.

O que está calado na vida pode encontrar sua expressão na arte.

Por meio da fotografia a narrativa inicia uma discussão para promover a igualdade de gênero, a liberdade de expressão e a aceitação do corpo feminino em todas as suas formas.

A artista capturou as imagens em suas andanças pelo Brasil.